O estilo escolhido foi o American Barley Wine, de amargor mais acentuado que a sua versão de origem, inglesa, para fugir totalmente do estereótipo de que mulher gosta apenas de cerveja leve e doce. Com 10% de graduação alcoólica, leva maltes tostados e lúpulos americanos de aroma e amargor. No Rio de Janeiro, o lançamento acontece no Booze Bar (Mem de Sá, 63, Lapa) a partir das 19h.
O lucro obtido com a comercialização da cerveja será doado a entidades que acolhem mulheres vítimas de violência.
Lançamentos pelo Brasil:
São Paulo – 20 de agosto, a partir das 14h, no Empório Altos dos Pinheiros
Rio de Janeiro – 25 de agosto, a partir das 19h, no Booze Bar
Florianópolis – 2 de setembro, a partir das 19h, no Coza Bar
Curitiba – 3 de setembro, a partir das 15h, na Cervejaria Masmorra
Porto Alegre- 6 de setembro, a partir das 18h, na Penz Bier
Estivemos em Curitiba e entrevistamos a Fernanda Fregonesi e Aline Smaniotto. Entenda um pouco mais sobre o projeto ELA
Sobre o ELA
Cansadas de ouvir termos como “cerveja para mulher”, “quero falar com o cervejeiro responsável”, “mulher não deve ir ao bar sozinha” criaram o ELA um coletivo para enaltecer o trabalho da mulher no meio e denunciar ações machistas por parte da indústria cervejeira e da sociedade em geral.
Elas são mestres cervejeiras, sommelières, professoras, juízas de concursos, apreciadoras, empresárias e especialistas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Motivadas pela forma negativa como a mulher é retratada na indústria, querem que a relação cerveja e mulher comece a ser vista de outra forma.
A mobilização iniciou em maio, logo após a divulgação de um novo rótulo de cerveja que explorava negativamente a imagem de uma mulher. “Essa história de peito e bunda na cerveja já deu, né? Estamos no mundo da cerveja tanto quanto eles, trabalhamos tanto quanto eles e precisamos de respeito”, explica a gerente comercial e de marketing da Cervejaria Dádiva e uma das idealizadoras do projeto, a sommelière Aline Smaniotto Tiene.
Para celebrar o coletivo, elas resolveram produzir um rótulo exclusivo. Juntas, definiram estilo, elaboraram a receita, nome, identidade visual e foram para a fábrica. A Cervejaria Dádiva, de Várzea Paulista (SP) cedeu o espaço e os equipamentos, mas foram elas que fizeram todo o trabalho. “Fizemos o CIP (desinfecção) no tanque, moemos e arriamos o malte, enfim produzimos a cerveja com as nossas mãos e temos muito orgulho disso”, afirma Aline.
Para acompanhar as novidades, conhecer mais sobre o projeto e suas participantes é só seguir o coletivo nas redes sociais através do @cervejaporelas.