Fonte: Diário Catarinense
Claudia Nunes
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Foto: Sarah Pinnow / divulgação |
Daqui a pouco vai ter apaixonado por cerveja bebendo Dom Pedro, Dom Casmurro e Dom Doca, em Santa Catarina. Os sócios da cervejaria artesanal DOM Haus, de Araquari, pretendem inaugurar a fábrica da marca até março no município, onde serão engarrafados quatro tipos de cerveja, inicialmente — entre elas uma destinada exclusivamente às mulheres. Há também planos para a abertura de dois bares até julho, um deles em Joinville.
O sócio Raffael Del Olmo, médico que atua em Joinville, conta que embarcou no universo de cervejas artesanais há doze meses, quando decidiu com o amigo Felipe Mazon abrir um negócio.
Com experiência em gestão, Olmo deixou a técnica para a fabricação das bebidas a cargo dos outros participantes do negócio. Seu sócio tem cursos de cervejeiro; a mestre Kátia Jorge, que já trabalhou na Devassa e na Brahma, foi a responsável pelas fórmulas das cervejas; e há ainda um profissional que trabalhou na Baden Baden e chegou a SC há vinte dias para operar as máquinas da fábrica, assim que for inaugurada.
A equipe, com ao todo cinco funcionários, aguarda a aprovação das fórmulas das bebidas pelo Ministério da Agricultura para começar a fabricá-las comercialmente.
Uma das novidades da Dom Haus é uma linha da bebida dedicada às mulheres, que até então não existia no Brasil. Olmo explica que a Dom Doca é uma Blond Ale de estilo belga, com mirtilo, framboesa, uva e amora (observação ao final da matéria) na sua composição. O resultado é um gosto suave no final da bebida, mas sem transformá-la em “suco”.
— Apesar da suavidade, a Dom Doca tem mais teor alcoólico que os outros tipos lançados. Não queríamos remeter a bebida à mulher delicada, porque elas também gostam de beber cerveja.
O investimento dos sócios até agora foi de R$ 1 milhão. De março, quando a fábrica começar a operação, até o mês de julho, serão produzidas duas mil garrafas por mês. Depois disso devem entrar no mercado mais dois tipos de cerveja da DOM Haus, o que alavancará a produção. Para 2015, a expectativa dos empresários é dobrar a quantidade de cerveja produzida em Araquari.
Ainda sem local definido para comercializar a cerveja, Olmo comenta que os empresários querem abrir dois bares da marca. Em Joinville, onde moram, já estão na procura de terrenos. Um segundo ponto deverá ser em Balneário Camboriú.
— Neste ano, focaremos nossa comercialização em Santa Catarina — define.
Confira quais serão as cervejas:
DOM Pedro
Cerveja/chope clara(o)
Teor alcoólico: 4,5%
Estilo: Helles
DOM Casmurro
Cerveja/chope clara(o)
Teor alcoólico: 5,5%
Estilo: Pale Ale – IPA
DOM Quixote
Cerveja/chope clara(o) de trigo
Teor alcoólico: 5,5%
Estilo: Weissbier
DOM Doca
Cerveja/Chope dourada(o)
Teor alcoólico: 6,5%
Estilo: Belgian Blond Ale
Papo da Maria
É sempre uma felicidade saber que as artesanais estão ganhando espaço, mas é uma tristeza ver essa associação: cerveja para mulher = cerveja doce, leve e frutada. Eu, por exemplo, amo lúpulo. Gosta das cervejas extremamente amargas, persistentes se possível. Cerveja pra mulher é cerveja boa. Simples assim.
Gustavo Guedes says:
Entendo seu comentário no final do post, mas há de se levar em consideração que mulher que gosta de lúpulo/ amargor não é regra, é exceção… essas cervejas dpcinhas podem ser uma bela introdução à cerveja boa! Vejo com bons olhos e não acho que seja machismo.
Anônimo says:
Papo da Maria. Curto e objetivo. Simples assim. Está de parabéns!