Duas leis secas e uma passagem

Uma curiosidade histórica e uma ação de marketing bacana


Por Anderson Senne

O consumo de bebidas alcoólicas sempre foi mal interpretado
por diferentes grupos ao longo da história. Em 1920, nos EUA, por conta dos
altos gastos com a 1º Guerra Mundial, o país precisava economizar alimentos de
qualquer forma possível. Sendo assim, as bebidas que eram produzidas com uso de
cereais, como trigo e cevada, passaram a ser fortemente evitadas. Nesse mesmo
ano entrava em vigor um Ato de Proibição Nacional que impedia a produção de
qualquer bebida com mais de 0,5% de teor alcoólico. Foi uma época bem  tensa para os americanos, que, na verdade,
não param de beber, pois o comercio ilegal de bebidas corria solto por lá. Essa
lei ficou conhecida como a Lei Seca.
Aqui no Brasil, com o intuito de reduzir o alto número de
acidentes no trânsito provocado pela mistura de álcool e direção, em 2008 a Lei
Seca
deu as caras. E mesmo com muita
discórdia envolvida, em 2012 a lei foi endurecida ainda mais, tornando mais
rígida a punição para motoristas flagrados dirigindo sob o efeito de álcool.
Motorista da rodada, transporte público, taxi, foram algumas das saídas
arrumadas pelos bebedores de plantão.

Na Áustria, a cervejaria Stiegl não esperou o negócio ficar
feio. Sabendo que o período de festas de fim de ano é quando mais cresce o
consumo de bebidas alcoólicas, em dezembro de 2012 ela lançou uma ação
inovadora na cidade de Salzburg. A cerveja Bock da Stiegl teve seu rótulo
substituído por bilhetes do transporte público local, com o intuito de evitar
que as pessoas dirigissem depois de beber. A ação foi feita em parceria com a agência
de design Demner, Merlicek & Bergmann e foi premiada por toda a Europa.

2 comentários para “Duas leis secas e uma passagem

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *